Todos os anos, animais como gambás e ouriços causam interrupções no fornecimento de eletricidade em subestações de energia em todo o Brasil. Os prejuízos causados por essas invasões podem gerar desde danos aos ativos da distribuidora até acidentes fatais e compensações financeiras aos clientes afetados.
Ocorrências registradas entre 2017 e 2020 em uma subestação de energia no interior de Minas Gerais revelam que mais de 450 mil consumidores foram atingidos diretamente por interrupções causadas por animais que acessaram as instalações da distribuidora, o equivalente a uma média de quase 10 mil clientes por mês durante o período de análise.
Esse problema não é algo exclusivo do Brasil. De acordo com um estudo da Universidade de Minnesota, as concessionárias de energia elétrica dos Estados Unidos possuem um custo estimado de US$ 18 milhões por ano devido às interrupções causadas por esquilos, guaxinins e cobras. Ao considerar as frustrações dos consumidores, o valor total dessas interrupções pode custar à economia dos EUA entre US$ 80 bilhões e US$ 188 bilhões por ano.
As concessionárias estão reconhecendo que o custo para reparar a reputação da empresa é muito maior do que o investimento na proteção das instalações, e estão tomando medidas para instalar soluções que mantenham os animais afastados.
Como reduzir a invasão de animais nas subestações
“As subestações são fonte de calor e abrigo para uma variedade de espécies de animais, por isso eles são persistentes em entrar nessas instalações. O problema é que eles podem queimar disjuntores, gerar curto-circuito e destruir equipamentos caros. Por isso, para identificar a chegada de animais em uma propriedade, utilizamos os radares Magos. Eles conseguem cobrir com um único equipamento uma área de até 600 mil m² e detectam a presença de animais, humanos e veículos com até 1.000 metros de distância do perímetro. Dessa forma, os operadores da central de monitoramento podem realizar uma pronta resposta para não deixar esses animais invadirem o local, evitando prejuízos para a concessionária”, explicou o especialista.